segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

HERESIAS NO MEIO EVANGÉLICO!

Há desde confissões que Deus morreu na cruz, á anjos que assumem o ministério do Espírito Santo”

O famoso pregador sobe a tribuna (púlpito). Faz uma excelente apresentação de sua pessoa, uma oração fervorosa e em seguida dá início á sua pregação. Vinte minutos depois, ele solta um grito com voz firme: “Deus vai enviar nesta noite o anjo do consolo, que estará ao seu lado 24 horas por dia. A partir de hoje, sua vida não será mais a mesma”. O povo vibrante se perde num tremendo barulho de glórias a Deus e “aleluias”, e línguas estranhas. Mas ninguém atentou para o grande absurdo e ofença teológica: Um anjo toma o papel do Espírito Santo na vida do crente, e passa a ser o canal de segurança nos momentos difíceis da jornada cristã.
É o que tem acontecido diariamente em nossos púlpitos pelo Brasil a fora. Pregadores dos mais diversos estilos, conferencistas que se dizem internacionais, homens que se auto intitulam "teólogos" e cantores cuja inspiração passa longe da verdade bíblica. Um verdadeiro show de heresias dos mais importantes assuntos da Bíblia.
Em meio a tudo isso, os crentes fiéis à sã doutrina, perguntam: O que está acontecendo com nossos pregadores e ministros? Por que as pessoas insistem em cometer tamanhos erros? Como os pastores e líderes devem evitar tal constrangimento? Por que os crentes ainda aceitam esse tipo de golpe contra a Palavra de Deus e ainda pagam por isso?
Quero neste pequeno espaço lhe responder de forma sincera e coerente a todos estes questionamentos e compartilhar a realidade do que está acontecendo no universo evangélico.

O que é uma heresia? E quando ela é exposta?

Primeiro precisamos saber o que vem a ser uma heresia.
A palavra heresia está interligada a palavra seita. Ambas derivam da palavra grega “ háiresis”, que significa escolha, partido tomado, corrente de pensamento, divisão, escola etc. A palavra heresia é adaptação de “háiresis” . Quando passada para o latim, “háiresis” virou “secta”. Foi do latim que veio a palavra seita. Originalmente, a palavra não tinha sentido pejorativo. Quando o Cristianismo foi chamado de seita (At 24.5), não foi em sentido depreciativo. Os líderes judaicos viam os cristãos como mais um grupo, uma facção dentro do judaísmo. Com o tempo, “háiresis” também assumiu conotação negativa, como em 1ª Co 11.19; Gl. 5.20 e 1ª Pe. 1.1, 2.
Em termos teológicos, podemos dizer que seita refere-se a um grupo de pessoas e que heresia indica as doutrinas antibíblicas defendidas pelo grupo. Baseando-se nessa explicação, podemos dizer que um cristão imaturo pode estar ensinando alguma heresia sem, contudo, fazer parte de uma seita.
Não podemos também confundir heresia com erro de interpretação bíblica. Ou seja, uma heresia é todo o argumento que tem poder para ferir os Fundamentos da Palavra, a ortodoxia cristã. Erro de interpretação é quando um cristão, dedicado ao aprendizado bíblico, passa uma informação errada a respeito de determinado texto, podendo ele depois reconhecer seu erro e continuar na busca do saber.
Não podemos sair por aí “caçando as bruxas”, chamando todo mundo de herege por simples erros de entendimento teológico.
O que estamos trazendo aqui são questões de profunda seriedade doutrinária. Ensinos em propagação que atingem as bases da fé.

Onde estão essas heresias?

Elas surgem por meio de mensagens até mesmo de famosos pregadores e até em louvores, por falta de atenção aos ensinos da Bíblia. São frases de grave impacto espiritual, que encontramos até mesmo em nossa literatura. Declarações conflitantes com a pura teologia e pensamentos expostos sem nenhuma base ou fundamento real. Verdadeiras metralhadoras de confusão doutrinária.
Quero aqui aproveitar a oportunidade e expor minha admiração  pelos pastores Silas Malafaia e Carvalho Jr. Homens que com mensagens e pregações no poder do Espírito tem sido exemplos de verdadeiros defensores da fé, quanto ao assunto em questão. Precisamos de pregadores nos perfis desses dois ministros do Evangelho.

Mas afinal, que perigo essas heresias possuem?

No exemplo que mencionei no início do artigo, o mais grave perigo revela-se na exclusividade angelical transmitida pelo orador e no enfraquecimento e rejeição da ação do Espírito Santo na vida do crente fiel. O tal “anjo do consolo” passa a ser exigido nas situações mais difíceis da jornada cristã, deixando de lado a verdade de que o nosso Consolador é o Espírito Santo, É Ele que está na vida do crente e conhece todas as suas fraquezas e necessidades. O Espírito Santo orienta, fala, nos dá direção. “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre. Mas aquele Consolador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito”. (João14.16, 26).
As heresias causam também confusões doutrinárias que são capazes de esconder os fundamentos da Verdade, excluindo muitas vezes a divindade de Jesus, a onisciência de Deus e até mesmo o verdadeiro ministério do anjos. As heresias criam falsas interpretações bíblicas.

Por que tais pregadores insistem em cometer tamanhos erros? E por que os crentes aceitam?

Muitos pregadores estudam a Bíblia, mas, não de forma sistemática, dando a atenção merecida. Não se preocupam com o fundo teológico que está interligado com o pano de fundo cultural, social e doutrinário. Leem texto sem contexto, e quando então mencionam algum versículo, tiram conclusões imaginárias criando, assim, uma grande contradição entre os ensinos da Palavra de Deus. A maioria dos cristãos aceitam tais absurdos, por não conhecerem de forma clara a seriedade dos efeitos espirituais que muitos falsos ensinos causaram. Os “pais da Igreja” muito sofreram para enfrentar as heresias primitivas que tentavam destruir as bases do cristianismo. Muitas heresias foram pregadas pelos próprios ministros cristãos da época, que foram combatidos nos concílios.

Exemplos de heresias no meio evangélico
Nos louvores: Há um louvor que diz “eu fui no terreno do inimigo e eu tomei tudo que me roubou...Debaixo do meu pé... Satanás debaixo do meu pé”. Precisamos entender que, o que o Diabo tirou do homem, Cristo resgatou na cruz do calvário. E mais, ele não tem terreno e nós menos ainda poder para tirar algo dele. Deus tem todo-poder. Satanás não está debaixo de nossos pés e sim ao derredor. Leia Rm 16.20. A própria Bíblia nos esclarece quando diz: "E o Deus de paz esmagará em breve Satanás debaixo dos vossos pés" - Rm. 16.20. Em breve! a hora vai chegar.
Outro louvor diz: “No caminho do Golgota lá foi Deus...” O louvor afirma que Deus morreu!

As 10 heresias mais propagadas

Apenas dez das centenas de heresias e erros teológicos cometidos pelos não zelosos.

1. Deus vai colocar arcanjos e querubins para te proteger!
2. Nós salvos, seremos como Deus, eternos!
3. Cristo é vida!
4. A trindade? Três manifestações de Deus!
5. Deus morreu na cruz por você!
6. A Bíblia contém a Palavra de Deus.
7. Um dia todos nós morreremos!
8. O Espírito Santo é o fogo de Deus!
9. Oremos: ...em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, amém.
10. Sai demônio! Pelo sangue de Jesus.


Refutando as heresias mencionadas


1. Deus vai colocar arcanjos e querubins para te proteger!

Essa frase fere a hierarquia angelical organizacional estabelecida por Deus. Deus é um Ser organizado e o ceu também é organizado. Querubins e “arcanjos” não foram separados para proteger o homem em particular; O salmo 34.7 diz: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra”. O texto diz o anjo. Deus pôs os anjos em suas funções específicas e não podemos ignorar isso como se o ceu fosse uma desordem.

2. Nós salvos, seremos como Deus, eternos!

Não seremos eternos, pois já somos imortais. Estaremos sim na eternidade com Deus. Aleluia! É eterno o que não tem começo nem fim.  Aquilo que é eterno é incriado. Somente Deus é eterno. Já o imortal é aquilo que tem começo mas não tem fim. Tudo aquilo que é imortal é criado.  O homem, ao nascer, é, portanto, uma simples criatura de Deus.   É, porém, uma criatura especial, porque tem a possibilidade de se tornar filho de Deus. Lembramos que Jesus possui a mesma natureza do Pai, por isso Jesus também é eterno.

3. Cristo é vida!

João 14.6 diz “a vida”. Quando falamos que Cristo é vida estamos em acordo com o panteísmo que prega: A natureza é vida, o animal é vida, tudo é vida, Cristo é vida! Tudo é divino, tudo é Deus.

4. A trindade? Três manifestações de Deus!

A trindade são Três Pessoas e não manifestações. Foi isso que tentou fazer Sabélio (180-250) um dos mais destacados hereges primitivos. Sabélio ensinava que havia uma única essência na divindade, contudo, rejeitava o conceito de três Pessoas em uma só essência. Afirmava que isso designaria um culto “triteísta”, isto é, de três deuses. A questão poderia ser resolvida, afirmava, pelo conceito de que Deus se apresentaria com diversas faces ou manifestações.
Fiz uma pesquisa em certa igreja local e descobri que 70% dos membros acreditam no ensino acerca da trindade, mas não sabem explicar com clareza e ainda, cometiam erros.

5. Deus morreu na cruz por você!

Deus não morre e sim o homem. Por isso que Jesus foi Deus - homem. A sua morte revela sua condição humana. E Deus o ressuscitou. O sentido da palavra Deus na Bíblia é essência, substância e natureza divina. Jesus morreu na condição de homem e não de Deus.

6. A Bíblia contém a Palavra de Deus.

Se você diz que a Bíblia contém a Palavra de Deus, está afirmando que outros livros como Alcorão, Princípio Divino (Moonismo), A Bhagavad Gita (Livro Hindu) e outros, contém também a Palavra de Deus. A Bíblia não contém a palavra de Deus, ela é a Palavra de Deus.

7. Um dia todos nós morreremos!

Se a Igreja for arrebatada, “num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados. 1ª Co. 15.52. Os salvos que estão vivos não precisarão morrer para subir.

8. O Espírito Santo é o fogo de Deus!

O Espírito Santo é Espirito Pessoal, ou seja, o fogo é símbolo do Espírito Santo, e não o próprio. Alías, tem muita gente tratando o Espírito Santo de forma manipulada.

9. Oremos: ...em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, amém.

Jesus mandou orar em seu nome: “e tudo quanto pedirdes EM MEU NOME, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa EM MEU NOME, eu a farei”. João 14.13,14

10. Sai demônio! Pelo sangue de Jesus.

O sangue de Jesus não foi derramado para expulsar demônios e sim para remissão dos pecados. Mas Jesus disse: em meu nome expulsarão demônios.” (Marcos 16.17)

Continuemos defendendo a fé no poder do Espírito!.

A VERDADEIRA APOLOGÉTICA

Defino a Apologética como a arte de defender a fé dentro do princípio do mandamento de preservação da Palavra de Deus das contaminações do mundo. A apologética é importante no ensino teológico, pois lida com a defesa racional da fé cristã. O termo tem origem na palavra grega apologia que significa “apresentar dar razão” ou “defesa”.
Roque M. Andrade em seu livro “A superioridade da Religião Cristã” – ed. Juerp, pág. 69, afirma: “A apologética vem a ser o conjunto de noções pelas quais se pode empenhar alguém na tarefa de articular qualquer defesa racional”. E continua: “O cristianismo sempre contou com excelentes apologistas, principalmente no decurso dos primeiros séculos desde seu surgimento na história universal”.
Sim, o cristianismo resistiu às fortes perseguições doutrinárias por parte das seitas porque usou de forma correta e coerente a defesa da fé. A reforma protestante é um grande exemplo, sua base foi a apologética.
Costumo a dizer para os alunos das faculdades e seminários de ensino teológico que, a base da apologética não é o conhecimento teológico, mas a exposição desse conhecimento. Não basta apenas ter o conhecimento, é preciso saber apresentar tal conhecimento.

Defender a fé é oferecer respostas fiéis e seguras a todas as pessoas que buscam a Verdade. Assim escreveu Pedro:

Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós, Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo” . 1ª Pe. 3.15,16.

O versículo manda estarmos prontos. Talvez, jamais encontraremos alguém que faça perguntas difíceis sobre nossa fé; mesmo assim devemos estar prontos para responder caso alguém pergunte. Estar pronto não é só uma questão de ter a informação correta á disposição, é verdade também a atitude de prontidão e vontade de compartilhar a verdade sobre o que acreditamos.

Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos, Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo”. 1ª Pe. 3,4


Tipos de Apologética


A apologética é um campo amplo e por isso possui cinco classificações: apologética clássica, evidencial, experimental, histórica e pressuposicional. Cada classe busca a melhor maneira de fazer sua defesa da fé. Todas seguem uma linha em harmonia com sua pregação ora literária ora verbal.
A apologética sempre teve famosos cristãos desde a era primitiva, devido sua maneira de propagar a fé destruindo todo tipo de argumento contrário á Palavra de Deus, mesmo em meio as perseguições.

Apologética Clássica: A apologética clássica enfatiza argumentos a favor da existência de Deus. Vale-se do argumento teísta para estabelecer a Verdade do teísmo á parte do apelo á revelação especial. O passo inicial da apologética clássica é de chegar á conclusão lógica de que, se o Deus do teísmo existe, milagres são possíveis; na verdade o maior milagre, a criação, é possível. A credibilidade dos milagres é essencial ao próximo passo na apologética clássica.

Apologética Evidencial: A apologética evidencial enfatiza a necessidade da prova para apoiar as afirmações das verdades cristã. A evidência pode ser racional, histórica, arqueológica, e até experimental.

Apologética Experimental: É a experiência como evidência da fé cristã. Alguns apelam á experiência religiosa em geral. Outros á experiências religiosas especiais. O valor da experiência religiosa geral é de valor limitado para a apologética exclusivamente cristã. Na melhor das hipóteses, a experiência geral estabelece a credibilidade da crença em algum tipo de ser supremo (não necessariamente o Deus teísta). No entanto, as provas da experiência religiosa têm sido oferecidas por cristãos e outros. Experiências gerais estão disponível a todos.
Apologética Histórica: A apologética histórica enfatiza a evidência histórica como base para demonstração da veracidade do cristianismo. Esses apologistas acreditam que mesmo a existência de Deus pode ser provada apenas pela evidência histórica. Por um lado a apologética histórica pertence á classe mais ampla da apologética comprobatória, mas é diferente por que enfatiza a importância, até mesmo a necessidade de começar com o registro histórico.

Apologética Pressuposicional: A apologética pressuposicional afirma que é preciso defender o cristianismo a partir do alicerce de certas pressuposições. Geralmente o apologista desta escola de apologética pressupões a verdade básica do cristianismo e depois continua demonstrando que só o cristianismo é verdadeiro.



Deus lhe chamou para defender a fé!


Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas; Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo”
Isso significa que devemos confrontar questões nas nossas mentes e nos pensamentos expressos por outras que por ventura impeçam a nós e a eles de conhecer Deus. Essa é a essência da apologética.

Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos, Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo”. 1ª Pe. 3,4

A Bíblia não precisa ser defendida! Afirmam alguns. Sim, a Bíblia é viva e eficaz (Hb. 4.12), mas como sabemos que a Bíblia e não o Alcorão (livro sagrado dos mulçumanos) ou o livro de Mórmon é a Palavra de Deus? A apologética é uma grande necessidade! É um dever de todo cristão fiel á palavra de Deus.

Deus lhe chama para defender a fé com sabedoria, mansidão e unção da Palavra. Defenda a fé e mostre ao mundo o verdadeiro caminho para a salvação. Jesus Cristo, o Senhor!

sábado, 15 de janeiro de 2011

A ANGELOLATRIA NA IGREJA E OS FALSOS CONCEITOS


Eu, João, sou o que ouvi e vi estas coisas. E quando as ouvi e vi, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava, para o adorar. Mas ele me disse: Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus (Ap.22:8-9).

Existem muitas especulações quanto ao assunto dos anjos. Especulações essas desde a forma acadêmica de ensino por parte alguns, as constantes confusões doutrinárias dentro das igrejas evangélicas. A pura verdade é que a Bíblia revela as principais questões a respeito dos anjos, mas há pouca atenção teológica nas igrejas, principalmente pentecostais para o ensino profundo.
O Pr. Lúcio Pires (Campina Grande – PB) em excelente artigo, afirma que como em toda doutrina, há uma negligência muito grande também deste assunto nas igrejas e entre os Teólogos, que chega a ser verdadeira rejeição. Considerado pelos estudiosos contemporâneos como a mais notável e difícil das matérias. Marco da implantação de grandes seitas e heresias, do mundo atual.

A Origem dos Anjos

Para uma boa abordagem e introdução do assunto, precisamos primeiro saber a origem dos anjos. Os anjos não existem desde a eternidade, eles foram criados por Deus no momento de sua criação ( Ne.9.6 – Sl.148.2; Cl.1.16 ). A bíblia não indica com precisão em que parte foram criados, mas podemos entender que isso deve ter acontecido imediatamente após a criação dos céus e antes de ter criado a terra, segundo podemos ver em Jó 38:4-7, Gn.1.1; 2.1. Não podemos também definir número, mas sabemos que um "exercito" compreende grande quantidade, uma "legião" compreende um número grandioso (Dn.7.10; Mt.26.53; Hb.12.22). Deus certamente criou todos de uma só vez, pois os anjos não tem capacidade de propagar-se como o homem ( Mt.22.30 ).
A palavra portuguesa anjo possui origem no latim angelus , que por sua vez deriva-se do grego angelos . No idioma hebraico, temos malak . Seu significado básico é "mensageiro" (para designar a idéia de ofício de mensageiro). O grego clássico emprega o termo angelos para o mensageiro, o embaixador em assuntos humanos, que fala e age no lugar daquele que o enviou.

As Atividades Angelicais

No AT, onde o termo malak ocorre 108 vezes, os anjos aparecem como seres celestiais, membros da corte de Yahweh, que servem e louvam a Ele (Ne 9.6; Jó 1.6), são espíritos ministradores (1Rs 19.5), transmitem a vontade de Deus (Dn 8.16,17), obedecem a vontade de Deus (Sl 103.20), executam os propósitos de Deus (Nm 22.22), e celebram os louvores de Deus (Jó 38.7; Sl 148.2). São inúmeros os textos do AT que comprovam a realidade da existência dos anjos. Queremos, no entanto, destacar apenas os que se seguem: Gn 32.1,2; Jz 6.11ss; 1Rs 19.5; Jó 1.6; 2.1; Sl 68.17; 91.11; 104.4; Is 6.2,3; Nos textos alistados anteriormente, vemos os anjos em suas funções principais de servir e louvar a Yahweh, transmitir as mensagens de Deus, obedecer Sua vontade, executar a vontade de Deus, e também como guerreiros.
Foi provado que a Bíblia é a melhor literatura no mundo para se estudar acerca dos anjos. Ela é completa, verdadeira. Não existe nenhuma outra literatura que possua tantas informações acerca dos anjos como a Bíblia. Mesmo assim surge ainda um grave problema na igreja: A má interpretação bíblica acerca dos anjos.

Ideias erradas acerca dos anjos

Existem dezenas de ideias erradas acerca dos anjos e muitas destas estão invadindo a Igreja de Cristo. Essas ideias tem o poder de ferir a doutrina bíblia e causam muitas confusões doutrinárias no meio do povo. Mencionamos alguns desses erros.

O culto aos anjos nas igrejas

Nos últimos tempos a música evangélica tem estado excessivamente permeada pelo tema “anjos”. Inclusive uma das músicas evangélicas de maior sucesso, exalta de forma nada ortodoxa a ação dos anjos. Entre outras coisas, a música diz que “quando os anjos passeiam a Igreja se alegra, ela pula, ela grita, ela chora e congrega, enfrenta o inferno e expulsa o mal”. De uma forma discreta, o foco do culto é retirado do Senhor Jesus Cristo (que, aliás, nem é citado) e direcionado aos anjos. Ao invés da ação fortalecedora do Espírito Santo dentro da Igreja, é a classe angélica responsável por uma ação eficaz. Em muitos cultos os cristãos são exortados a esperar a cura do anjo, a sentir o anjo, a receber a bênção da mão do anjo. Isso são efeitos de um louvor não centralizado em Deus. Tudo isso é contrário a Palavra de Deus. Destrói os princípios da Bíblia.
Ser teocêntrico e cristocêntrico, tanto na fé quanto na prática cristã, é vital para a sobrevivência e até para o avanço do verdadeiro cristianismo. “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado” (1Co 2.2). O contrário gerou e continua gerando inúmeras seitas e segmentos pseudocristãos. Um desses grupos fala em “brincar de roda com anjos, arcanjos e querubins”, numa referência também nada ortodoxa ao relacionamento dos cristãos com os anjos na eternidade.
Não devemos apagar, esquecer e ocultar o ministério angélico. Mas colocá-lo no centro de nossa adoração é correr sérios riscos.

Crentes mandando em anjos

Os anjos sempre agiram quando os homens clamaram ao Senhor. Deus é chamado de “O Senhor dos Exércitos”. Quando um crente tenta comandar anjos, dando-lhes ordens, ele está querendo tomar o lugar do único Senhor dos Exércitos. O próprio Jesus, como estivesse na condição de homem não glorificado, iria rogar ao Pai para que este enviasse anjos (Mt 26.53). Em nenhum lugar das Escrituras, seja no Antigo ou no Novo Testamento, os homens são exortados a pedir ajuda aos anjos, mas, sim, ao Senhor, mesmo que isto resulte em intervenção angélica. Os anjos só executam as ordens de Deus (Sl 103.19-21). Leias esses versículos e observe como os anjos mandam nos homens:

Gn.19.15-17 - E ao amanhecer os anjos apertaram com Ló, dizendo: Levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas que aqui estão, para que não pereças na injustiça desta cidade. Ele, porém, demorava-se, e aqueles homens lhe pegaram pela mão, e pela mão de sua mulher e de suas duas filhas, sendo-lhe o SENHOR misericordioso, e tiraram-no, e puseram-no fora da cidade. E aconteceu que, tirando-os fora, disse: Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti, e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças.
At. 12.8 - E disse-lhe o anjo: Cinge-te, e ata as tuas alparcas. E ele assim o fez. Disse-lhe mais: Lança às costas a tua capa, e segue-me.
Os anjos aqui estão mandando simplesmente por que estão obedecendo a Deus.

Anjos” que não são anjos

Muitos que não conhecem a Palavra de Deus não sabem que anjo não é sinônimo de “espírito bom”. A palavra anjo designa uma classe de seres espirituais criados por Deus. Todavia, parte desse grupo foi banida do céu e passou a seguir a Satanás (Ap 12.7), logo, trata-se de anjos malignos que, embora possam passar por anjos de luz (2Co 11.14), só tem por objetivo prejudicar os homens (2Co 12.7).
Portanto, o grande incentivo que as pessoas têm recebido nestes dias atuais para se relacionarem com anjos está lançando muitos que não têm discernimento a um envolvimento com “anjos malignos”.
A Igreja do Senhor Jesus Cristo não deve se deixar envolver pelos modismos dos que estão de fora, mas deve instruí-los sobre o verdadeiro ensino bíblico a respeito dos anjos. Estejamos sempre alertas!

Conclusão

Não vamos tirar o ministério do Espírito Santo e dá-lo aos anjos. Nem vamos idolatrar os seres que Deus criou para o serviço de suas ordens. Mas vamos entender a Bíblia de forma correta sem especulações ou enganos. Vamos confiar que no momento certo o Senhor sempre enviará os seus anjos ao nosso favor.

Bibliografia
    1. Prof. João Flávio Martinez - CACP
    2. Humberto Fontes
    3. Dr. Hélio de Menezes Silva
    4. Elvis Brassaroto Aleixo e Eguinaldo Hélio de Souza

Livros e artigo apreciado

- Pr. Lúcio Pires
- Pr. Natanael Rinaldi
- Dicionário Bíblico – Davis, Bíblia (ARC), Bíblia em CD-ROM
- Alexander da Silva Vasconcelos

A NOVA ERA E A VELHA MENTIRA


O Desafio da Filosofia para um Cristão

Por Cleber M.P
Desafio.

Nós aniquilamos todo raciocínio e todo orgulho que se levanta contra o conhecimento de Deus, e cativamos todo pensamento e o reduzimos à obediência a Cristo. 2ª Coríntios 10:5 versão católica.

A Filosofia apresenta um desafio especifico para o Cristão, de modo tanto positivo quanto negativo. A filosofia é útil na construção do sistema Cristão e na refutação de pontos de vista contrário. Logo, o desafio esta em superar os seus pensamentos.

Problema:

Se esta é a tarefa do cristão na filosofia, como, pois se explica a advertência do apóstolo Paulo no sentido de ”cuidar que ninguém vos venha enredar com sua filosofia”(CL 2:8)? Infelizmente, alguns cristãos têm entendido esse versículo como sendo uma injunção contra o estudo da filosofia. E idéia é incorreta por varias razões. Primeiramente, o versículo não é uma proibição contra a filosofia propriamente dita, mas sim, contra a falsa filosofia, pois Paulo acrescenta: “e [cuidado com] as vãs sutilezas, conforme tradição dos homens.” Na realidade, Paulo esta advertindo contra uma filosofia falsa específica, um tipo de gnosticismo incipiente que havia tinha infiltrado a igreja de Colossos (o grego tem um artigo definido que indica uma falsa filosofia específica). Finalmente, não podemos realmente “acautelar-nos” da falsa filosofia a não ser que primeiramente tenhamos consciência dela.

Fato.

Sem o um conhecimento eficiente da filosofia, o cristão esta a mercê do não-cristão na “arena intelectual”. Nesse caso, o maior desafio para o cristão é superar no pensamento o não-cristão tanto na edificação da igreja quanto em derrubar sistemas do erro.
Uma boa falsificação ficará tão perto da verdade quanto possível. É por isto que as filosofias falsas, não-cristãs que esta vendidas com roupagem cristã são especialmente perigosas. Realmente, o cristão que mais provavelmente se tornará presa da filosofia falsa é o cristão “Ignorante”.

Como resolver.

Um cristão deve reconhecer o erro antes de poder ir contra ele, assim como um médico deve estudar a doença antes de poder tratá-la com devido conhecimento. A igreja cristã tem sido ocasionalmente penetrada por falsos ensinos exatamente porque os cristãos não foram adequadamente treinados a detectar a “Enfermidade” do erro.

O bem da verdade.

Oséias escreveu: O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento. Interessante que quando se fala desse verso, ele para por ai, mas na verdade tem mais, que diz dessa forma: Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. (Versão Revista e atualizada.). Ora, então na verdade a questão é muito mais abrangente do que se imagina, por que segundo esse texto, o problema vem de cima, dos lideres, então esse crescimento desenfreado de denominações e seitas, é exatamente por que pessoas se deixaram ser ignorantes não seguindo a Inefável palavra de cristo quando dizia: Errais por não conhecer as escrituras nem o poder de Deus. MT 22:29.
Bom, haveria muito que se comentar sobre esse assunto,mas vamos deixar para uma próxima ocasião.